Já se sabe que um atleta de um clube da primeira divisão do Campeonato Brasileiro só pode se transferir para outro se não tiver jogado no mínimo seis partidas no campeonato. Polêmica e contestada, a regra faz alguns atletas pedirem para não serem escalados ou até inventam uma contusão para não jogarem a famosa sexta partida quando estão negociando com outro clube do Brasileirão. Abaixo, o blog traz 5 jogadores que não completaram os 6 jogos e que o seu time poderia contratar:
Felipe (28), goleiro, reserva do Flamengo. - nenhum jogo
Após alguns anos bons na meta do Corinthians, Felipe brigou com o presidente Andrés Sanches, após este recusar seu pedido de transferência para o Genoa. Após 2 meses afastado, fechou com o Braga, mas falhou em alguns jogos decisivos e acabou no banco do time português. De volta ao Brasil, Felipe fechou com o Flamengo em 2011, e foi muito bem, se tornando titular absoluto. Porém, durante a disputa do campeonato carioca e da Libertadores deste ano, Felipe contraiu dengue e ficou afastado por um tempo. Tempo suficiente para Paulo Victor tomar seu lugar e agradar, mandando Felipe para o banco. Como é improvável que o goleiro volte a ser titular, é bem possível que o clube o libere por empréstimo até o final do ano. Clubes como Coritiba e Grêmio, ou até mesmo clubes europeus, seriam interessantes para Felipe retomar sua carreira.
Destaque do Coritiba atualmente, Rafinha vagou por diversos clubes brasileiros no período em que teve vinculo com o São Paulo, mas nunca chegou a ter espaço no Morumbi e quase nunca chamava a atenção, exceto por uma ou outra atuação destacada. Porém, chegou ao Coxa em 2010 e se adaptou muito bem sendo o grande destaque da equipe na temporada. Como Rafinha só tinha contrato com o São Paulo até 2011, assinou com o Coritiba um contrato de 3 anos, que lhe dá direito de sair de graça daqui 6 meses. O Corinthians chegou a tentar sua contratação a algumas semanas, mas a negociação não evoluiu. Como só tem mais 6 meses de contrato, Rafinha já pode assinar um pré-contrato, mas poderia sair agora, já que a proximidade do fim do contrato abaixo o valor do jogador, que tem multa rescisória em torno de 6 milhões de reais. O jogador cairia como uma luva em times como Palmeiras, Cruzeiro ou Vasco.
Júlio César (27), goleiro, reserva do Corinthians. - 1 jogo
Júlio César foi essencial na conquista do Campeonato Brasileiro de 2011, mas acabou falhando contra a Ponte Preta, nas quartas de final do campeonato paulista, ajudando a macaca a eliminar o Corinthians. Tite não exitou em promover Cássio - na época recém contratado -, que veio da reserva do PSV, para o time titular na disputa da Copa Libertadores. O tempo mostrou que o técnico acertou em cheio na decisão. Cássio foi um dos pilares da conquista da Libertadores e aparenta não sair mais da meta corintiana. Sem espaço, Júlio César é daqueles apaixonados pelo clube. Esperou 5 anos por uma oportunidade de ser titular e não deve desistir tão fácil de recuperar a vaga de titular. Mas, na minha opinião, deveria aceitar um empréstimo para um clube menor, para poder ganhar mais confiança e deixar falhas ridículas como as que ás vezes comete, no passado.
Rafael Moura (29), atacante, reserva do Fluminense. - 2 jogos
Chamar Rafael Moura de reserva pode ser um erro, pela confiança que Abel mostra no jogador. Mas essa confiança caiu bastante e o atacante - com a ajuda das lesões, que fique bem claro - pouco jogou nesse brasileiro. O "faro de gol" do atacante poderia ajudar demais uma equipe como o Botafogo, que se vê desesperada por um atacante de um nível pelo menos aceitável. Apesar do status de jogador importante que tem, a diretoria poderia e deveria ouvir propostas pelo atacante, até para aliviar um pouco a folha salarial e o elenco do clube, que conta com, pelo menos, 5 atacantes de bom nível.
Mario Bolatti (27), volante, reserva do Internacional. - 3 jogos
Destaque do time no brasileirão do ano passado ao lado do meia Oscar e do atacante Leandro Damião, Bolatti caiu muito de produção em 2012, o que fez o técnico Dorival Junior colocar o volante no banco, escalando Sandro Silva (que já saiu) e Guiñazú de titulares. O que ajuda muito o "sumiço" do jogador é a restrição a atletas estrangeiros* (3 jogadores por partida), já que o clube conta ainda com os titulares absolutos Dátolo, D'Alessandro, Forlán e Guiñazú. Sua ótimo saída de bola e o seu grande poder de marcação podem ajudar a colocar o jogador em um clube de ponta tanto da Argentina - como vem sendo especulado - como do Brasil. Ultimamente, vários clubes vem tendo esse problema, mas especificamente São Paulo, Flamengo e Vasco - que perdeu Rômulo - agradeceriam muito por ter o jogador em seu 11 inicial.
* A regra da restrição a atletas estrangeiros que a CBF ainda não eliminou é completamente ridícula. Sou totalmente contra um time escalar 11 estrangeiros no time titular, mas só poder escalar três jogadores nascidos fora do Brasil enfraquece o campeonato e prejudica os clubes, que poderiam explorar mais os mercados sul-americano e Europeu. Se a visibilidade do campeonato iria melhorar, só o tempo poderia dizer, mas a mudança desse regra ajudaria demais nisso.
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