segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O jogo dele.

Os melhores no 'el clásico'
O Real Madrid tem seu melhor início de temporada em anos. Muito por causa de Mourinho, que em todos os clubes que passou, exceto o Chelsea, foi bem mais eficiente em sua segunda temporada. Não poderia ser diferente no seu Real Madrid. É o segundo melhor time do mundo, é favorito para ganhar o campeonato espanhol e é um dos favoritos para ganhar a Liga dos Campeões, já havia sido assim na temporada passada, mas o time melhorou com as contratações dos ótimos Coentrão e Sahin.
Seria o melhor, se não fosse o Barcelona, um time que assim como o "Carrosel Holandês" de Johan Cruyff e Rinus Michel, revoluciona o futebol, reinventa, muda de tática durante o jogo, confunde o adversário. Um time que há quatro anos, desde que Guardiola chegou, tem maior posse de bola que o adversário. É isso mesmo, não tem uma posse de bola menor que a do time adversário desde 2008.

Uma filosofia de jogo fantástica, implantada por Johan Cruyff, quando dirigia o Barcelona, time que ficou conhecido como "Dream Team". Jogadores como Andrés Iniesta, Xavi Hernández e, principalmente, Messi, cresceram jogando assim. Esse é o diferencial de um dos maiores times da história, um esquadrão que tem em Lionel Messi, um dos maiores jogadores da história.

Sábado, Guardiola engoliu o time de Mourinho taticamente. Começou atrás do placar com 25 segundos do jogo, em falha de Valdés. Não conseguia sair de uma marcação enorme que o Madrid fazia. Assim Guardiola ordenou a seus jogadores que tocassem a bola para Valdés, para o goleiro ganhar confiança. Trouxe Busquets para fazer a zaga junto com Piqué, levou Daniel Alves para a ponta direta e colocou Puyol na lateral direita. A partir daí, o Barcelona massacrou o Real Madrid taticamente, empatou com Alexis Sánchez, em jogadaça de Messi. E no início do segundo tempo virou com Xavi. Depois disso, mudou para o 3-4-3, com Abidal, Piqué e Puyol na zaga, Xavi, Fabregas, Daniel Alves e Busquets no meio, Messi, Alexis e Iniesta no trio de ataque. A partir daí impôs seu jogo e só não fez mais gols no Bernabéu por ter compromisso no Japão.

O melhor em campo? Iniesta, um monstro, um gênio, deu trabalho demais para Coentrão e Guardiola, que acabou com o jogo taticamente.

Mourinho não pode desanimar, tem um timaço em mãos, basta recuperar a confiança de seus jogadores e pensar em uma nova maneira de parar o Barça, talvez atacando.

Vou terminar o texto com a gênial frase do gênio PVC em sua coluna para o site da ESPN:

"O carrossel de Rinus Michels ficou na história sem ter tantas trocas de posição quanto este Barcelona.
Se você não gostar da palavra carrossel, pode chamar de revolução."

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